segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mulheres brasileiras pedirão na ONU maior combate ao racismo na América Latina

Luciana Lima
Da Agência Brasil
Em Brasília

A necessidade de uma atenção maior ao problema da mulher negra na América Latina será levantada por representantes da organização não governamental (ONG) Geledés - Instituto da Mulher Negra, que participam nesta quinta-feira (22), em Nova York, da reunião de alto nível sobre os dez anos da Conferência de Durban. A reunião faz parte dos debates da 66ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Nilza Iraci, uma das representantes da ONG, foi a escolhida para representar as mulheres brasileiras no encontro. Em entrevista à "Agência Brasil", ela disse que aproveitará o tempo para lembrar que as mulheres negras estão na base da pirâmide social, não só no Brasil, mas nos demais países da América Latina e do Caribe. Segundo ela, racismo e sexismo andam juntos na região e precisam ser enfrentados pelos governos.

"Recismo e sexismo andam juntos e sem essa consciência não se resolve a questão", disse Nilza. Para ela, é preciso lembrar que no caso da mulher negra, na região, há uma dupla vitimização. "Basta olhar a base da pirâmide social no Brasil. São as mulheres negras que recebem os menores salários, que não têm acesso aos serviços de saúde de qualidade. Há um conjunto de situações que afetam, especialmente, a vida das mulheres negras", destacou.

Nilza Iraci terá cerca de três minutos para falar. Também está previsto na reunião um discurso da ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Para as mulheres, o que se espera do discurso da ministra é a garantia de que o Brasil continuará enfrentando essa questão com prioridade, com o fortalecimento da Seppir e da Secretaria de Políticas para as Mulheres, comandada pela ministra Iriny Lopes. "Essas secretarias são referência e devem servir de exemplo para os demais países da América Latina e do Caribe.

No discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, feito ontem (21), a presidenta Dilma Rousseff citou a questão racial e de gênero, de forma geral. Para a representante da ONG Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) Guacira Oliveira, é esperada na fala de Luiza Bairros a reafirmação do compromisso de continuidade e incremento das políticas voltadas para esse público.

Outro ponto polêmico, em que se espera uma política mais eficaz, é a questão da violência. Os assassinatos de negros ainda são muito maiores. "No Brasil, o problema da violência é permanente e muito grave", enfatizou Guacira, que está em Nova York para a reunião.

Ela defendeu também maior compromisso da ONU na resolução de conflitos étnicos. "Os recursos das agências para a questão da igualdade ainda são ínfimos. Existem muitas guerras étnicas, mascaradas de guerras religiosas, que precisam ser resolvidas", disse.

A Conferência de Durban, em 2001, tratou de todas as formas de discriminação, racismo e xenofobia. O Brasil desempenhou papel de protagonista no encontro e, depois, na implementação de políticas raciais. A reunião de hoje tem o objetivo de homenagear os dez anos da conferência e, ao mesmo tempo, avaliar os esforços feitos pelos países desde então e os avanços obtidos.

fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/09/22/mulheres-brasileiras-pedirao-na-onu-maior-combate-ao-racismo-na-america-latina.jhtm

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PROGRAMAÇÃO DO GRUPO DE ESTUDOS

SETEMBRO
06 de Setembro: Trjaetórias de GêneroI - Revista Pagu n°11. pag 67-105.
13 de Setembro: Trjaetórias de Gênero II- Revista Pagu n°11. pag 107-155.
20 de Setembro: Uma história do Feminismo no Brasil (Céli Regina).
27 de Setembro:  Uma história do Feminismo no Brasil (Céli Regina) (continuação do debate).

OUTUBRO
04 de Outubro: Gênero uma categoria útil à análise histórica (Joan Scott)
http://www.4shared.com/document/XCWKugpJ/joan_Scott_-_Gnero_uma_categor.html

11 de outubro: Gênero, patriarcado e violência (Helieth Saffioti)
http://search.4shared.com/search.html?searchmode=2&searchName=Heleieth+Saffioti++-+G%C3%AAnero%2C+patriarcado+e+Viol%C3%AAncia
OBS: usaremos apenas uma parte do texto que será disponibilizada na xerox do departamento de Ciências Sociais-UFC.

18 de outubro: "Gênero" para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra ( Donna Haraway).
http://www.scielo.br/pdf/%0D/cpa/n22/n22a09.pdf

25 de outubro: Texto da Judith Butler

MAUC recebe exposição "Mulheres: Faces e Interfaces" até 7 de outubro

Foi aberta quarta-feira (21), às 19h, no Museu de Arte da UFC, a exposição “Mulheres: Faces e Interfaces”. O evento faz parte da V Primavera dos Museus, que tem como tema "Mulheres, Museus e Memórias". A exposição apresenta quadros das pintoras Carmelita, Conceição Piló, Daisy Grieser, Digeórgea, Diva Elena Buss, Mariza e Salet.

As obras traduzem "em traço e cores o reflexo do que somos", segundo a organização do evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

A mostra fica aberta à visitação no MAUC (Av. da Universidade, 2854 – Campus do Benfica) até o dia 7 de outubro. A entrada é gratuita.

Fonte: Museu de Arte da UFC - (fone: 85 3366 7481)

http://www.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=12119&Itemid=1